sexta-feira, 28 de outubro de 2011

"É legal a música!"


Turma do Pós Graduação em Música, Ensino e Expressão, FEEVALE, 2011
Professora Mestra DENISE BLANCO SANTANNA BUNDCHEN

Fileira de baixo da direita para a esquerda: Lígia Ramos, Gustavo Fetter, Héllen Santos, Patrícia silva, Giane Ramos, Chirle Eidan, Silvana Xavier

Fileira de cima da direita para a esquerda: Régis Neves, Élton Schuh, Moisés diefenbach, Karin Koppitke, Juliano Carvalho, Profa Me. Denise Blanco Santanna Bundchen, Djeison Borges, Adreane Vaz, Marcos Groff, Fernanda Mendes, Marco Antônio Lopes, Carroline Berriel, Sara Salzer.

Está faltando na foto o colega Henrique Zamora:




Borboleta
(Marcelo Jeneci/ Zélia Duncan / Arnaldo Antunes / Alice Ruiz)

Música é que nem borboleta:
Ela voa pra onde quer,
Ela pousa em quem quiser,
Não é homem e nem mulher!

Música que sai da gaveta,
Se traveste na voz de alguém
Quando entra dentro da cabeça
Não é sua nem ninguém..

Te invade, te assalta e te faz refém!
Se a rima não vem já sabe
Bater palma com a mão...
E quando chegar o refrão
Bater com os pés no chão!

Se não decorar a letra
Pode cantar ola e larala,
A melodia pode assoviar,
Pode até dar um berro pode berrar!

Às vezes ela é como um ladrão,
Ou como um convidado trapalhão...
Depois que entra não quer mais sair,
Quer repetir, repetir, repetir...

Te invade, te assalta e te faz refém!
Se a rima não vem já sabe
Bater palma com a mão...
E quando chegar o refrão
Bater com os pés no chão!

Verde, branca, azul ou vermelha...
Também tem música de toda cor:
De acalanto, de baile de amor,
De restaurante, de elevador...
Música é que nem borboleta
Sai do casulo do alto-falante,
Do carrossel e da roda gigante!

Pra que você e todo mundo cante...

Dedicatória

O vento passa e o tempo sibila entre os cabelos...
Muitas vezes somente depois que passa o vento e urge o tempo é que compreendemos o valor de algumas pessoas que convivemos em nossas vidas...
A isso chamo SAUDADE!

Dedico as leituras, o tempo e o vento investidos na elaboração deste portifólio a duas grandes mestras que tive a oportunidade de conhecer:

Professora Esther Beyer, da qual fui aluna em 2006 e 2007 como aluna PEC, na disciplina Educação Musical Infantil, na UFRGS.




Professora Neila Ramos Ferreira, minha irmã, que muito amou a música...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Revisitando a aula do dia 14/10/11!

APRESENTAÇÃO DOS PLANOS DE AULA:


Conforme relato da aula anterior, a turma foi dividida em trios, e, para cada trio foi entregue uma canção. A tarefa era elaborar um plano de aula a partir da referida canção. Os grupos apresentaram o que segue:

GRUPO 1
Música: A noite no castelo


A noite no castelo é mal assombrada
Lá tem um fantasma que faz: UUUUUUU!!!!
E tem uma bruxa também que faz: HA HA HA HA!
E tem um vampiro também que faz: FFUUUU...

Proposta metodológica:
O grupo cantou a música para os demais colegas. Na sequência dividiram a turma em grupos que deveriam continuar a música, criando outros versos para a história.

Meu grupo improvisou o seguinte:

As portas do castelo
Abriram sozinhas
O vento soprava
E uma moça inocente
Descia as escadas
E o William Bonner dizia: BOA NOITE!


GRUPO 2

Música: O grilo



Cri, cri...cri-cri-cri
Cri, cri...cri-cri-cri

Era uma vez um grilo feliz,
com patas, antenas, olhos e nariz.
Era uma vez um grilo feliz,
com patas, antenas, olhos e nariz.

Mas nem tudo são flores nesta vida...
Um belo dia, ele viu – ele viu?
Uma sombra– uma sombra
um sapato – um sapato?

ENORME

É incrível! Alguém pisou em cima do grilo! Isto é um cri-crime!
Cri, cri, cri,cri...
Mas nem tudo é tragédia nesta vida!
O grilo tentou mexer uma pata... oh, oh, oh... mexeu!
O grilo tentou mexer outra pata... oh,oh, oh... mexeu!
E cambaleou,e cambaleou, até que o grilo ficou em pé!

Era uma vez um grilo feliz,
com patas, antenas, olhos e nariz.
Era uma vez um grilo feliz,
com patas, antenas, olhos e nariz.

Cri, cri, cri, cri-cri... cri, cri, criiiiiii.....


Proposta metodológica:
Sentados em roda, começamos a conversar sobre o que era um grilo: seu som, aparência, onde ficam... então cada um recebeu uma folha e aprendeu a fazer um grilo de origami, passando depois a brincar com o este.
Na sequência foi contada a história do grilo, que foi amassado pelo sapato, conforme a música anterior.
O grupo também realizou atividades com bolinhas coloridas, que deveriam ser movimentadas pelo corpo, mediante melodia executada ao piano.



GRUPO 3
Música: Há



Há mil sons no ar, há mil tons no mar,
Há mil sons no ar, há mil anos luz,
Há mil pedras, folhinhas secas, água dos rios, verdes, lilás...
Homens de fibra tecem toda manhã um papel de paz!

Proposta metodológica:
O grupo cantou a música para os demais colegas

Essa canção pode ser trabalhada em séries iniciais do Ensino Fundamental, possibilitando a exploração dos sons da natureza e do corpo.




GRUPO 4
Música: Minha canção



Dorme a cidade
Resta um coração
Misterioso
Faz uma ilusão
Soletra o verso
Lavra a melodia
Singelamente
Dolorosamente

Doce a música
Silenciosa
Larga o meu peito
Solta-se no espaço
Faz-se a certeza
Minha canção
Réstia de Luz onde
Dorme o meu irmão

Proposta metodológica:
O grupo distribuiu oito sinos na sala e a turma deveria compor a escala de Dó Maior. Apos terem sido encontradas as notas, o grupo executou a musica ao piano e os demais colegas acompanharam-na cantando.

Plano de Aula - Sabiá


GRUPO 6
Música: Rei, capitão




Rei Capitão
Soldado Ladrão
Moça bonita
Do meu coração


Proposta metodológica:
O grupo propôs o trabalho com esta canção através de reggae, rap e funck. Pode ser utilizada a partir de 4ª série.



GRUPO 7
Música: Bambalalão


Primeira voz:
Era uma vez um cantador
Era uma vez um cantador
Transformava tudo em canção
Agradando o coração

Segunda voz:
Bambalalão
Senhor Capitão
Espada na cinta
Ginete na mão

Proposta metodológica:
O grupo propôs o canto da música, primeiramente em uníssono e, em seguida em duas vozes, dividindo as vozes graves e agudas.

Revisitando a aula do dia 07/10/11!

Em 07/10/11 concluímos a leitura e debate sobre os textos elencados para a disciplina, com a apresentação do texto: Um estudo comparativo entre apreciação musical direcionada e não direcionada de crianças de sete a dez anos em escola regular


Na sequência observamos o trabalho desenvolvido pela colega Giane para a música Lobo Mau, que desenvolve notas e alturas da melodia. Nesta atividade, fomos instigados a construir a música com pedaços de papel em uma superfície preta.








Da mesma forma, as colegas Chirle e Adriane apresentaram um Bingo de sons, em que, ao reproduzir um determinado som, deveríamos marcar na cartela do bingo. Os sons utilizados era os sons produzidos pelo corpo humano: bocejo, espirro, risada, grito.




Na sequência a turma foi dividida em trios, para os quais foram distribuídas canções. Cada grupo deverá elaborar para a próxima aula um Plano de Aula com sua canção e desenvolver com os colegas.
O plano deve conter:
1. Tópico Central
2. Público alvo
3. Objetivos
4. Conteúdos
5. Estratégias – contemplando a produção, apreciação, execução e reflexão.
6. Recursos
7. Avaliação
8. Observações


Nesta aula também tivemos a oportunidade de assistir à apresentação de dois trabalhos de conclusão do Pós - Turma II:

Trabalho de conclusão
Música na aula de natação para bebês: um estudo de caso numa escola de natação da Serra Gaúcha



Com base na experiência de colocar o filho na aula de natação, a aluna percebeu a importância da musicalização também nesta atividade física, escolhendo o tema como assunto para sua pesquisa.
Os professores das aulas utilizavam repertório apropriado às crianças, frisando o pulso de cada canção. Todas atividades desta aula são realizadas mediante a musica.
Apesar do empenho, capricho e conhecimento mostrado pela aluna, preocupa-me o uso da música com ferramenta apenas, em detrimento a sua exploração por si mesma, com suas várias possibilidades.

Trabalho de conclusão
Criação musical e audiopartitura: a musicalização na aula de artes






A acadêmica buscou mostrar as várias possibilidade de tornar interdisciplinar as ações relativas à musica e às artes plásticas, articulando imagens visuais, sonoras e registros gráficos não tradicionais.
O tema pareceu-me muito apropriado e criativo. Da mesma forma sua implementação junto ao público infantil é muito bem vinda por estes, alem de romper com padrões e estereótipos em educação musical.

Revisitando a aula de 30/09/11!




Na aula de 30/09 discutimos o desenvolvimento da criança dos 07 aos 12 anos, embasando as concepções do sujeito da aprendizagem musical de acordo com Piaget – Período operacional concreto (7 aos 11 ou 12 anos).

De acordo com Piaget – Período operacional concreto (7 aos 11 ou 12 anos) – reversibilidade das ações
- diferenças entre as sonoridades
- percepção e expressão
- operatividade mental
- pertencimento de grupo e diminui a dependência do adulto
- êxito motiva!
- Imita e interioriza modelos de conduta
- Separação entre meninos e meninas
- Pensamento reversível – compara parte com outra parte e parte com o todo
- DIFICULDADE – abstrair
Na música:
- amplia extensão vocal, enriquece a expressão
- músicas com humor e paródias
- sincronia no ritmo
- acelerar tempos rítmicos
- gosta de instrumento de percussão
- interpreta e reconhece durações de figuras e silêncios
- é receptivo porque fixa temas, entende estruturas
- percebe frase ritmica inacabada
- dramatização de situações variadas


Também realizamos debate sobre os seguintes textos:
• Sopa de Letrinhas: notações analógicas(des)construindo a forma tradicional (Cecília Cavalieri França)
• Cadernos de música: um registro e muitas avaliações (Luciana Aparecida Schimidt dos Santos e Cleusa Erilene dos Santos Cacione)
• Flauteando e criando: reflexões e experiências sobre criatividade na aula de música (Luciane Cuervo e Juliana Pedrini)
• Práticas para o ensino da música nas escolas de educação básica (Luis Queiroz e Vanildo Marinho)
• Estudo comparativo entre a apreciação musical direcionada e não direcionada de crianças de 7 a 10 anos em escola regular (Karla Jaber Barbosa; Cecília França)



Sopa de Letrinhas: notações analógicas(des)construindo a forma tradicional (Cecília Cavalieri França)






O texto trata da notação musical analógica, explorando elementos: letras, paravras, onomatopéias.
A evolução do grafismo segue um caminho conhecido, apesar de que cada criança tenha experiências únicas, seguindo na evolução musical as mesmas fases do desenvolvimento.

A Notação analógica pode ser entendida como a analogia entre o campo auditivo e visual. O som nos remete a formas visuais e vice-versa, de forma aproximada. Ela facilita a performance, a escuta e a compreensão musical, com maior apreensão do que a notação tradicional, na qual muitas vezes a criança tem dificuldade de estabelecer relações entre grave, embaixo, agudo, em cima,

A questão não é memorizar, mas construir estes processos mentalmente para depois representar graficamente.

Muitas vezes são trabalhadas notações alternativas somente no inicio deixando logo em seguida e não retornando, fazendo parecer que é uma forma inferior e preliminar de notação .

As mudanças advindas com a música contemporânea demandam uma escrita mais flexível e tradicional, pois a música pode ser audível e visível.

A música contemporânea não respeita linearidade e cabe ao intérprete a sequência de eventos – é aleatória. A ideia é desconstruir e reconstruir , transgredir e transformar a forma.


Cadernos de música: um registro e muitas avaliações
Luciana Aparecida Schimidt dos Santos e Cleusa Erilene dos Santos Cacione


O texto em questão apresenta metodologia utilizada no ensino de música no ensino fundamental, através do registro por meio de cadernos como forma de organização do que é estudado. Sinaliza para o uso de um instrumento de apoio e reflete sobre a a avaliação na aprendizagem musical.

A dificuldade inicialmente apresentada pelas autoras baseia-se no uso da nota para “medir”o desenvolvimento extremamente subjetivo como é o musical. Assim, as atividades foram organizadas de acordo com as fases do desenvolvimento da criança, mas de forma bastante flexível. Os cadernos foram organizados em preto e branco a fim de ao longo do uso, garantir um caráter individual. Nas atividades também foram usados CD e DVDs como recurso.

O trabalho pautou-se pala Teoria do Desenvolvimento Musical de Swanwick, que relaciona as dimensões de critica musical, organizadas em quatro estágios: material, expressão, forma e valor.

Os cadernos de música, organizados em 9 volumes, englobam atividades que propiciam especialmente a apreciação, a execução e a composição, e assim como as aulas de educação musical, tem por objetivo desenvolver a musicalidade dos alunos através de vivências e atividades teóricas e práticas sobre estas três modalidades.

Práticas Para o Ensino Da Música


Exemplificando o texto acima, segue o vídeo:
Rap na Escola Carlos Bina:




flauteando na escola




Estudo comparativo entre a apreciação musical direcionada e não direcionada de crianças de sete a dez anos em escola regular

Karla Jaber Barbosa e Maria Cecília Cavalieri França



O texto em questão aborda, tendo por base a Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical de Keith Swanwick, a comparação entre duas metodologias de educação musical: a direcionada e a não direcionada, objetivando explicitar quais as condutas metodológicas que podem facilitar a aprendizagem musical por parte da criança.

Os autores abordam as atividades de apreciação, criação e performance como essenciais para a educação musical. Em se tratando de apreciação, afirmam que esta pode ser considerada um indicador de maturidade musical. Neste sentido, a interferência no professor pode ser decisiva no crescimento do aluno.

A fim de comprovar que a interferência do professor no direcionamento da atividade de apreciação musical é fator que promove o desenvolvimento musical do aluno, foi escolhida a musica ARRE BURRINHO.

Na apreciação não direcionada, a peça foi executada quatro vezes e em seguida os alunos foram questionados acerca do que ouviram nesta música, fazendo anotações variadas.

Num segundo momento (apreciação direcionada), foi solicitado que as crianças respondessem perguntas, como: Quais são as partes desta peça?

O estuda infere, através da classificação dos resultado das observações tendo por base Teoria da Aspiral de Swanwick, que, quando ocorreu interferência do professor, os alunos revelaram uma compreensão musical significativamente mais refinada em relação ao trabalho independente. Daí a importância de investigar processos pedagógico-musicais, criando estratégias de ensino sintonizadas com o desenvolvimento das crianças.



Nesta ocasião também nos foram apresentado pela professora Denise dois vídeos. O primeiro demonstra uma atividade de seus alunos utilizando os sinos musicais e o segundo a interpretação na música "Noite nos castelo". Foi possível perceber que a criança deste período do desenvolvimento tem prezae em executar atividades musicais, desde que estas seja desafiadoras, dinâmicas e criativas.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Revisitando a aula de 23/09/11!

Na aula de 23/09/11 discutiu-se sobre os seguintes textos:

• PCN nas Escola – Maura Pena
• Variações sobre um passeio no parque – Viviane Beineke e Andreia Veber
• Sozinha eu não danço, não canto e não toco – Cecília França

Também assistimos banca de um trabalho do curso de Pós Graduação em Musica, Ensino e Expressão – II Turma:
• Vivências musicais significativas: um estudo voltado para as aulas de música do 5° ano do ensino fundamental (Aline Buhler)

PCN nas Escolas: E agora?

Maura Penna


O texto em questão faz uma análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs, especificamente a complexidade da proposta da ARTE, que é apresentada através da proposição de quatro discursos artísticos: Artes Visuais, Música, Teatro e Dança. Estes discursos estariam articulados dentro do processo ensino aprendizagem, através de três grandes ações: produzir, apreciar e contextualizar.
Entretanto a grande questão que permeia a instituição dos PNCs é a abismal distância que existe entre o que é proposto nestes documentos e a realidade das escolas brasileiras. Especificamente a questão da ARTE, permanece a dúvida de como os três discursos serão contemplados nas escolas, sendo que o próprio documento sugere sua aplicação conforme critérios da escola e dos professores, o que pode acarretar uma grande fragilidade na aprendizagem do aluno quando em transferência, por exemplo.
Da mesma forma, inquietante também é o questionamento de qual profissional, com qual habilitação colocará em prática os PCNs-ARTE, tendo em vista que a legislação não está previsto esse detalhamento.
Assim, é possível a ocorrência de três situações: a) será exigida do professor uma polivalência em ambas as áreas da arte, sendo inclusive as provas de concurso organizadas com este fim; b) os discursos musicais serão desenvolvidos apenas mediante a qualificação do recurso humano disponível ou conveniente; c)o planejamento da ARTE nos currículos ficará no papel, sem a possibilidade de colocar em prática.
Todas estas alternativas são muito ruins e colocam por terra muito tempo de esforço dos educadores em todo o país.
O que garante, então ao aluno, a experiência da ARTE em sua totalidade?
A organização pedagógica da Escola, a atuação participativa e comprometida dos segmentos da comunidade escolar ao definir qual o caminho da arte na sua escola.




Variações sobre um passeio no parque
(Viviane Beineke e Andreia Veber)



O texto estudado apresenta trabalhado desenvolvido com base em Swanwick, com o objetivo de contemplar contextos educativos encontrados na educação musical escolar, envolvendo execução , composição, improvisacão e apreciação musical.

Busca também, integrar elementos musicais mais convencionais com ruídos, vozes. Podemos conceituar como composição aberta.

A lógica da ação inicia por imaginar que está num parque de diversões, ligar a caixinha de música, e, conforme o regente conta a história, dividir a turma em grupos para representar sonoramente cada brinquedo do parque, o burburinho das pessoas, entre outros sons do ambiente.

Este jogo musical não prioriza exatidão, precisão, rigor e regularidade da execução, nem se consideram alturas e tempos absolutos, mas sim graduações e freqüências.

Faz um questionamento acerca de como avaliar a produção musical dos alunos, e sinaliza para que esta deva ocorrer através da participação coletiva, engajamento mútuo, compromisso e respeito no grupo.


Sozinha eu não danço, não canto e não toco
Cecília França
Sozinha eu não danco certo
Atividade de Educação Musical: Quem já foi ao circo?

ENVOLVE:
• Prazer, ludicidade, imaginação, fantasia, vínculo com o cotidiano, movimento e expressão corporal;
• Improvisação instrumental e vocal, variações de textura, exploração de
contrastes expressivos, articulação da forma musical;

Considerações da autora:

• Aula de música não é aula de sons!
• Os programas de ensino privilegiam os parâmetros de altura e duração, em detrimento dos demais;
• O que deve ser levado em conta não é quantas notas e ritmos os alunos sabem, mas o que fazem com eles e o que compreendem deles…
• Trabalhar com os parâmetros não significa trabalhar música em seu sentido pleno;
• Nenhum parâmetro musical ocorre isolado, por isso, os conteúdos das aulas de música precisam ser interligados!
• É preciso romper com a concepção de ensino de música como treinamento de padrões e elementos isolados!

SOBRE A COMPOSIÇÃO:
• Enquanto compõe, o indivíduo desenvolve o pensamento abstrato, cria mundos imaginários, estrutura sons conforme sua intenção expressiva e decisões criativas...Ao ouvir música, sintoniza-se com as combinações sonoras;
• Quando realiza uma performance instrumental ou vocal, coloca em ação inúmeras habilidades sensoriais, físicas e intelectuais.

ATIVIDADE MUSICAL: O PALHAÇO E A BAILARINA
• A música permite trabalhar a forma musical, especialmente os contrastes;
• Os personagens são estereotipados pelo imaginaário infantil: a parte do palhaço é alegre, divertida, animada, a parte da bailarina é delicada, doce, dengosa e tímida;
• A experiência musical ocorre no tempo e é construída na memória!

SOBRE A MATRIZ CURRICULAR:
• Explicita conhecimentos e procedimento fundamentais da disciplina;
• Concentra-se em competências básicas e operacionais;
• É expressa através de frases objetivas, vinculadas a elementos pontuais do conteúdo;
• Indica caminhos e direções;
• Conhecer os rios da Bacia Hidrográfica Amazônica não permite sentir o cheiro, aspirar o odor, ver o colorido da floresta. A matriz curricular é como um mapa que indica caminhos...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Revisitando a aula do dia 16/09/11!





Na aula de 16/09/11 discutiu-se sobre os seguintes textos:

• Notação musical não tradicional: possibilidades de criação e expressão musical na educação infantil. (Wasti Sivério Ciszevski)
• PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais – Artes/Música

Também assistimos bancas de dois trabalhos do curso de Pós Graduação em Música, Ensino e Expressão – II Turma:

• O desenvolvimento de competências musicais a partir de práticas corporais e criativas no fazer musical em grupo. (Thiago Di Luca)
• A construção do conhecimento musical através de jogos. (Michele Andreoli Batista)



Em relação aos textos:

Notação musical não tradicional: possibilidades de criação e expressão musical na educação infantil.
(Wasti Sivério Ciszevski)

A música está presente no cotidiano da sala de aula da educação infantil, onde já está consolidado um repertório usual da escola. A questão a ser refletida é a seguinte: Qual é seu objetivo?!?

A forma como muitas vezes a música vem sido trabalhada, não se detem na reflexão sobre a importância da musicalização para o desenvolvimento infantil ou formação integral do indivíduo, pois tem sido usada para organização do cotidiano ou como recurso para aprendizagem de outros conteúdos.

O ensino da própria música não tem sido privilegiado, mas usada como disfarce para a ordem, caracterizando-se por uma prática infantilizada.

O objetivo do trabalho com notação musical não tradicional é estimular percepção, raciocínio lógico, significação do símbolo na criança e a criação de material didático simples que estimule o educador.

Podemos conceiturar notação musical como o registro gráfico dos sons, e neste contexto, a notação não tradicional é um recurso imprescindível, pois a partitura contemporânea se aproxima da representação gráfica da criança, podendo ser usadas cores e formas variadas do seu cotidiano. Cada criança deve criar e expressar de acordo com sua relação pessoal com o som. É considerada uma concepção estética aberta, com base nos educadores musicais da segunda geração dos Métodos Ativos.

As crianças captam naturalmente os sons musicais. Frances Aronoff (1974:7) defende que: A educação musical na infância tem o papel de desenvolver a criatividade, a expressão, o senso estético e crítico dos alunos, deve conservar e desenvolver as respostas naturais da criança através de valores estéticos, e deve ser espaço de múltiplas oportunidades para apreciar e aprender livremente.

Comentário:
Ainda que as práticas elencadas acima estejam muito presentes nas escolas de educação infantil, o rompimento com as mesmas precisa ser gradual e com sentido para os educadores. As músicas de comando tem sido as únicas alternativas de musicialização, então a crítica em relação a elas precisa ser acompanhada de apontamentos sólidos de variação da prática.
O que o professor de educação infantil já faz em relação à musicalização de seus alunos não pode desconsiderado, sob pena de diminuir ou até suprimir os momentos musicais… Mas podemos sugerir uma nova música para a hora do lanche, por exemplo, porque criar novas músicas ajuda a mudar o repertório.
É salutar, porém, que se reforce a importância de fazer atividades estritamente musicais.


PCN - Arte - Música