terça-feira, 25 de outubro de 2011

Revisitando a aula de 23/09/11!

Na aula de 23/09/11 discutiu-se sobre os seguintes textos:

• PCN nas Escola – Maura Pena
• Variações sobre um passeio no parque – Viviane Beineke e Andreia Veber
• Sozinha eu não danço, não canto e não toco – Cecília França

Também assistimos banca de um trabalho do curso de Pós Graduação em Musica, Ensino e Expressão – II Turma:
• Vivências musicais significativas: um estudo voltado para as aulas de música do 5° ano do ensino fundamental (Aline Buhler)

PCN nas Escolas: E agora?

Maura Penna


O texto em questão faz uma análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs, especificamente a complexidade da proposta da ARTE, que é apresentada através da proposição de quatro discursos artísticos: Artes Visuais, Música, Teatro e Dança. Estes discursos estariam articulados dentro do processo ensino aprendizagem, através de três grandes ações: produzir, apreciar e contextualizar.
Entretanto a grande questão que permeia a instituição dos PNCs é a abismal distância que existe entre o que é proposto nestes documentos e a realidade das escolas brasileiras. Especificamente a questão da ARTE, permanece a dúvida de como os três discursos serão contemplados nas escolas, sendo que o próprio documento sugere sua aplicação conforme critérios da escola e dos professores, o que pode acarretar uma grande fragilidade na aprendizagem do aluno quando em transferência, por exemplo.
Da mesma forma, inquietante também é o questionamento de qual profissional, com qual habilitação colocará em prática os PCNs-ARTE, tendo em vista que a legislação não está previsto esse detalhamento.
Assim, é possível a ocorrência de três situações: a) será exigida do professor uma polivalência em ambas as áreas da arte, sendo inclusive as provas de concurso organizadas com este fim; b) os discursos musicais serão desenvolvidos apenas mediante a qualificação do recurso humano disponível ou conveniente; c)o planejamento da ARTE nos currículos ficará no papel, sem a possibilidade de colocar em prática.
Todas estas alternativas são muito ruins e colocam por terra muito tempo de esforço dos educadores em todo o país.
O que garante, então ao aluno, a experiência da ARTE em sua totalidade?
A organização pedagógica da Escola, a atuação participativa e comprometida dos segmentos da comunidade escolar ao definir qual o caminho da arte na sua escola.




Variações sobre um passeio no parque
(Viviane Beineke e Andreia Veber)



O texto estudado apresenta trabalhado desenvolvido com base em Swanwick, com o objetivo de contemplar contextos educativos encontrados na educação musical escolar, envolvendo execução , composição, improvisacão e apreciação musical.

Busca também, integrar elementos musicais mais convencionais com ruídos, vozes. Podemos conceituar como composição aberta.

A lógica da ação inicia por imaginar que está num parque de diversões, ligar a caixinha de música, e, conforme o regente conta a história, dividir a turma em grupos para representar sonoramente cada brinquedo do parque, o burburinho das pessoas, entre outros sons do ambiente.

Este jogo musical não prioriza exatidão, precisão, rigor e regularidade da execução, nem se consideram alturas e tempos absolutos, mas sim graduações e freqüências.

Faz um questionamento acerca de como avaliar a produção musical dos alunos, e sinaliza para que esta deva ocorrer através da participação coletiva, engajamento mútuo, compromisso e respeito no grupo.


Sozinha eu não danço, não canto e não toco
Cecília França
Sozinha eu não danco certo
Atividade de Educação Musical: Quem já foi ao circo?

ENVOLVE:
• Prazer, ludicidade, imaginação, fantasia, vínculo com o cotidiano, movimento e expressão corporal;
• Improvisação instrumental e vocal, variações de textura, exploração de
contrastes expressivos, articulação da forma musical;

Considerações da autora:

• Aula de música não é aula de sons!
• Os programas de ensino privilegiam os parâmetros de altura e duração, em detrimento dos demais;
• O que deve ser levado em conta não é quantas notas e ritmos os alunos sabem, mas o que fazem com eles e o que compreendem deles…
• Trabalhar com os parâmetros não significa trabalhar música em seu sentido pleno;
• Nenhum parâmetro musical ocorre isolado, por isso, os conteúdos das aulas de música precisam ser interligados!
• É preciso romper com a concepção de ensino de música como treinamento de padrões e elementos isolados!

SOBRE A COMPOSIÇÃO:
• Enquanto compõe, o indivíduo desenvolve o pensamento abstrato, cria mundos imaginários, estrutura sons conforme sua intenção expressiva e decisões criativas...Ao ouvir música, sintoniza-se com as combinações sonoras;
• Quando realiza uma performance instrumental ou vocal, coloca em ação inúmeras habilidades sensoriais, físicas e intelectuais.

ATIVIDADE MUSICAL: O PALHAÇO E A BAILARINA
• A música permite trabalhar a forma musical, especialmente os contrastes;
• Os personagens são estereotipados pelo imaginaário infantil: a parte do palhaço é alegre, divertida, animada, a parte da bailarina é delicada, doce, dengosa e tímida;
• A experiência musical ocorre no tempo e é construída na memória!

SOBRE A MATRIZ CURRICULAR:
• Explicita conhecimentos e procedimento fundamentais da disciplina;
• Concentra-se em competências básicas e operacionais;
• É expressa através de frases objetivas, vinculadas a elementos pontuais do conteúdo;
• Indica caminhos e direções;
• Conhecer os rios da Bacia Hidrográfica Amazônica não permite sentir o cheiro, aspirar o odor, ver o colorido da floresta. A matriz curricular é como um mapa que indica caminhos...

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