sexta-feira, 28 de outubro de 2011

"É legal a música!"


Turma do Pós Graduação em Música, Ensino e Expressão, FEEVALE, 2011
Professora Mestra DENISE BLANCO SANTANNA BUNDCHEN

Fileira de baixo da direita para a esquerda: Lígia Ramos, Gustavo Fetter, Héllen Santos, Patrícia silva, Giane Ramos, Chirle Eidan, Silvana Xavier

Fileira de cima da direita para a esquerda: Régis Neves, Élton Schuh, Moisés diefenbach, Karin Koppitke, Juliano Carvalho, Profa Me. Denise Blanco Santanna Bundchen, Djeison Borges, Adreane Vaz, Marcos Groff, Fernanda Mendes, Marco Antônio Lopes, Carroline Berriel, Sara Salzer.

Está faltando na foto o colega Henrique Zamora:




Borboleta
(Marcelo Jeneci/ Zélia Duncan / Arnaldo Antunes / Alice Ruiz)

Música é que nem borboleta:
Ela voa pra onde quer,
Ela pousa em quem quiser,
Não é homem e nem mulher!

Música que sai da gaveta,
Se traveste na voz de alguém
Quando entra dentro da cabeça
Não é sua nem ninguém..

Te invade, te assalta e te faz refém!
Se a rima não vem já sabe
Bater palma com a mão...
E quando chegar o refrão
Bater com os pés no chão!

Se não decorar a letra
Pode cantar ola e larala,
A melodia pode assoviar,
Pode até dar um berro pode berrar!

Às vezes ela é como um ladrão,
Ou como um convidado trapalhão...
Depois que entra não quer mais sair,
Quer repetir, repetir, repetir...

Te invade, te assalta e te faz refém!
Se a rima não vem já sabe
Bater palma com a mão...
E quando chegar o refrão
Bater com os pés no chão!

Verde, branca, azul ou vermelha...
Também tem música de toda cor:
De acalanto, de baile de amor,
De restaurante, de elevador...
Música é que nem borboleta
Sai do casulo do alto-falante,
Do carrossel e da roda gigante!

Pra que você e todo mundo cante...

Dedicatória

O vento passa e o tempo sibila entre os cabelos...
Muitas vezes somente depois que passa o vento e urge o tempo é que compreendemos o valor de algumas pessoas que convivemos em nossas vidas...
A isso chamo SAUDADE!

Dedico as leituras, o tempo e o vento investidos na elaboração deste portifólio a duas grandes mestras que tive a oportunidade de conhecer:

Professora Esther Beyer, da qual fui aluna em 2006 e 2007 como aluna PEC, na disciplina Educação Musical Infantil, na UFRGS.




Professora Neila Ramos Ferreira, minha irmã, que muito amou a música...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Revisitando a aula do dia 14/10/11!

APRESENTAÇÃO DOS PLANOS DE AULA:


Conforme relato da aula anterior, a turma foi dividida em trios, e, para cada trio foi entregue uma canção. A tarefa era elaborar um plano de aula a partir da referida canção. Os grupos apresentaram o que segue:

GRUPO 1
Música: A noite no castelo


A noite no castelo é mal assombrada
Lá tem um fantasma que faz: UUUUUUU!!!!
E tem uma bruxa também que faz: HA HA HA HA!
E tem um vampiro também que faz: FFUUUU...

Proposta metodológica:
O grupo cantou a música para os demais colegas. Na sequência dividiram a turma em grupos que deveriam continuar a música, criando outros versos para a história.

Meu grupo improvisou o seguinte:

As portas do castelo
Abriram sozinhas
O vento soprava
E uma moça inocente
Descia as escadas
E o William Bonner dizia: BOA NOITE!


GRUPO 2

Música: O grilo



Cri, cri...cri-cri-cri
Cri, cri...cri-cri-cri

Era uma vez um grilo feliz,
com patas, antenas, olhos e nariz.
Era uma vez um grilo feliz,
com patas, antenas, olhos e nariz.

Mas nem tudo são flores nesta vida...
Um belo dia, ele viu – ele viu?
Uma sombra– uma sombra
um sapato – um sapato?

ENORME

É incrível! Alguém pisou em cima do grilo! Isto é um cri-crime!
Cri, cri, cri,cri...
Mas nem tudo é tragédia nesta vida!
O grilo tentou mexer uma pata... oh, oh, oh... mexeu!
O grilo tentou mexer outra pata... oh,oh, oh... mexeu!
E cambaleou,e cambaleou, até que o grilo ficou em pé!

Era uma vez um grilo feliz,
com patas, antenas, olhos e nariz.
Era uma vez um grilo feliz,
com patas, antenas, olhos e nariz.

Cri, cri, cri, cri-cri... cri, cri, criiiiiii.....


Proposta metodológica:
Sentados em roda, começamos a conversar sobre o que era um grilo: seu som, aparência, onde ficam... então cada um recebeu uma folha e aprendeu a fazer um grilo de origami, passando depois a brincar com o este.
Na sequência foi contada a história do grilo, que foi amassado pelo sapato, conforme a música anterior.
O grupo também realizou atividades com bolinhas coloridas, que deveriam ser movimentadas pelo corpo, mediante melodia executada ao piano.



GRUPO 3
Música: Há



Há mil sons no ar, há mil tons no mar,
Há mil sons no ar, há mil anos luz,
Há mil pedras, folhinhas secas, água dos rios, verdes, lilás...
Homens de fibra tecem toda manhã um papel de paz!

Proposta metodológica:
O grupo cantou a música para os demais colegas

Essa canção pode ser trabalhada em séries iniciais do Ensino Fundamental, possibilitando a exploração dos sons da natureza e do corpo.




GRUPO 4
Música: Minha canção



Dorme a cidade
Resta um coração
Misterioso
Faz uma ilusão
Soletra o verso
Lavra a melodia
Singelamente
Dolorosamente

Doce a música
Silenciosa
Larga o meu peito
Solta-se no espaço
Faz-se a certeza
Minha canção
Réstia de Luz onde
Dorme o meu irmão

Proposta metodológica:
O grupo distribuiu oito sinos na sala e a turma deveria compor a escala de Dó Maior. Apos terem sido encontradas as notas, o grupo executou a musica ao piano e os demais colegas acompanharam-na cantando.

Plano de Aula - Sabiá


GRUPO 6
Música: Rei, capitão




Rei Capitão
Soldado Ladrão
Moça bonita
Do meu coração


Proposta metodológica:
O grupo propôs o trabalho com esta canção através de reggae, rap e funck. Pode ser utilizada a partir de 4ª série.



GRUPO 7
Música: Bambalalão


Primeira voz:
Era uma vez um cantador
Era uma vez um cantador
Transformava tudo em canção
Agradando o coração

Segunda voz:
Bambalalão
Senhor Capitão
Espada na cinta
Ginete na mão

Proposta metodológica:
O grupo propôs o canto da música, primeiramente em uníssono e, em seguida em duas vozes, dividindo as vozes graves e agudas.

Revisitando a aula do dia 07/10/11!

Em 07/10/11 concluímos a leitura e debate sobre os textos elencados para a disciplina, com a apresentação do texto: Um estudo comparativo entre apreciação musical direcionada e não direcionada de crianças de sete a dez anos em escola regular


Na sequência observamos o trabalho desenvolvido pela colega Giane para a música Lobo Mau, que desenvolve notas e alturas da melodia. Nesta atividade, fomos instigados a construir a música com pedaços de papel em uma superfície preta.








Da mesma forma, as colegas Chirle e Adriane apresentaram um Bingo de sons, em que, ao reproduzir um determinado som, deveríamos marcar na cartela do bingo. Os sons utilizados era os sons produzidos pelo corpo humano: bocejo, espirro, risada, grito.




Na sequência a turma foi dividida em trios, para os quais foram distribuídas canções. Cada grupo deverá elaborar para a próxima aula um Plano de Aula com sua canção e desenvolver com os colegas.
O plano deve conter:
1. Tópico Central
2. Público alvo
3. Objetivos
4. Conteúdos
5. Estratégias – contemplando a produção, apreciação, execução e reflexão.
6. Recursos
7. Avaliação
8. Observações


Nesta aula também tivemos a oportunidade de assistir à apresentação de dois trabalhos de conclusão do Pós - Turma II:

Trabalho de conclusão
Música na aula de natação para bebês: um estudo de caso numa escola de natação da Serra Gaúcha



Com base na experiência de colocar o filho na aula de natação, a aluna percebeu a importância da musicalização também nesta atividade física, escolhendo o tema como assunto para sua pesquisa.
Os professores das aulas utilizavam repertório apropriado às crianças, frisando o pulso de cada canção. Todas atividades desta aula são realizadas mediante a musica.
Apesar do empenho, capricho e conhecimento mostrado pela aluna, preocupa-me o uso da música com ferramenta apenas, em detrimento a sua exploração por si mesma, com suas várias possibilidades.

Trabalho de conclusão
Criação musical e audiopartitura: a musicalização na aula de artes






A acadêmica buscou mostrar as várias possibilidade de tornar interdisciplinar as ações relativas à musica e às artes plásticas, articulando imagens visuais, sonoras e registros gráficos não tradicionais.
O tema pareceu-me muito apropriado e criativo. Da mesma forma sua implementação junto ao público infantil é muito bem vinda por estes, alem de romper com padrões e estereótipos em educação musical.

Revisitando a aula de 30/09/11!




Na aula de 30/09 discutimos o desenvolvimento da criança dos 07 aos 12 anos, embasando as concepções do sujeito da aprendizagem musical de acordo com Piaget – Período operacional concreto (7 aos 11 ou 12 anos).

De acordo com Piaget – Período operacional concreto (7 aos 11 ou 12 anos) – reversibilidade das ações
- diferenças entre as sonoridades
- percepção e expressão
- operatividade mental
- pertencimento de grupo e diminui a dependência do adulto
- êxito motiva!
- Imita e interioriza modelos de conduta
- Separação entre meninos e meninas
- Pensamento reversível – compara parte com outra parte e parte com o todo
- DIFICULDADE – abstrair
Na música:
- amplia extensão vocal, enriquece a expressão
- músicas com humor e paródias
- sincronia no ritmo
- acelerar tempos rítmicos
- gosta de instrumento de percussão
- interpreta e reconhece durações de figuras e silêncios
- é receptivo porque fixa temas, entende estruturas
- percebe frase ritmica inacabada
- dramatização de situações variadas


Também realizamos debate sobre os seguintes textos:
• Sopa de Letrinhas: notações analógicas(des)construindo a forma tradicional (Cecília Cavalieri França)
• Cadernos de música: um registro e muitas avaliações (Luciana Aparecida Schimidt dos Santos e Cleusa Erilene dos Santos Cacione)
• Flauteando e criando: reflexões e experiências sobre criatividade na aula de música (Luciane Cuervo e Juliana Pedrini)
• Práticas para o ensino da música nas escolas de educação básica (Luis Queiroz e Vanildo Marinho)
• Estudo comparativo entre a apreciação musical direcionada e não direcionada de crianças de 7 a 10 anos em escola regular (Karla Jaber Barbosa; Cecília França)



Sopa de Letrinhas: notações analógicas(des)construindo a forma tradicional (Cecília Cavalieri França)






O texto trata da notação musical analógica, explorando elementos: letras, paravras, onomatopéias.
A evolução do grafismo segue um caminho conhecido, apesar de que cada criança tenha experiências únicas, seguindo na evolução musical as mesmas fases do desenvolvimento.

A Notação analógica pode ser entendida como a analogia entre o campo auditivo e visual. O som nos remete a formas visuais e vice-versa, de forma aproximada. Ela facilita a performance, a escuta e a compreensão musical, com maior apreensão do que a notação tradicional, na qual muitas vezes a criança tem dificuldade de estabelecer relações entre grave, embaixo, agudo, em cima,

A questão não é memorizar, mas construir estes processos mentalmente para depois representar graficamente.

Muitas vezes são trabalhadas notações alternativas somente no inicio deixando logo em seguida e não retornando, fazendo parecer que é uma forma inferior e preliminar de notação .

As mudanças advindas com a música contemporânea demandam uma escrita mais flexível e tradicional, pois a música pode ser audível e visível.

A música contemporânea não respeita linearidade e cabe ao intérprete a sequência de eventos – é aleatória. A ideia é desconstruir e reconstruir , transgredir e transformar a forma.


Cadernos de música: um registro e muitas avaliações
Luciana Aparecida Schimidt dos Santos e Cleusa Erilene dos Santos Cacione


O texto em questão apresenta metodologia utilizada no ensino de música no ensino fundamental, através do registro por meio de cadernos como forma de organização do que é estudado. Sinaliza para o uso de um instrumento de apoio e reflete sobre a a avaliação na aprendizagem musical.

A dificuldade inicialmente apresentada pelas autoras baseia-se no uso da nota para “medir”o desenvolvimento extremamente subjetivo como é o musical. Assim, as atividades foram organizadas de acordo com as fases do desenvolvimento da criança, mas de forma bastante flexível. Os cadernos foram organizados em preto e branco a fim de ao longo do uso, garantir um caráter individual. Nas atividades também foram usados CD e DVDs como recurso.

O trabalho pautou-se pala Teoria do Desenvolvimento Musical de Swanwick, que relaciona as dimensões de critica musical, organizadas em quatro estágios: material, expressão, forma e valor.

Os cadernos de música, organizados em 9 volumes, englobam atividades que propiciam especialmente a apreciação, a execução e a composição, e assim como as aulas de educação musical, tem por objetivo desenvolver a musicalidade dos alunos através de vivências e atividades teóricas e práticas sobre estas três modalidades.

Práticas Para o Ensino Da Música


Exemplificando o texto acima, segue o vídeo:
Rap na Escola Carlos Bina:




flauteando na escola




Estudo comparativo entre a apreciação musical direcionada e não direcionada de crianças de sete a dez anos em escola regular

Karla Jaber Barbosa e Maria Cecília Cavalieri França



O texto em questão aborda, tendo por base a Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical de Keith Swanwick, a comparação entre duas metodologias de educação musical: a direcionada e a não direcionada, objetivando explicitar quais as condutas metodológicas que podem facilitar a aprendizagem musical por parte da criança.

Os autores abordam as atividades de apreciação, criação e performance como essenciais para a educação musical. Em se tratando de apreciação, afirmam que esta pode ser considerada um indicador de maturidade musical. Neste sentido, a interferência no professor pode ser decisiva no crescimento do aluno.

A fim de comprovar que a interferência do professor no direcionamento da atividade de apreciação musical é fator que promove o desenvolvimento musical do aluno, foi escolhida a musica ARRE BURRINHO.

Na apreciação não direcionada, a peça foi executada quatro vezes e em seguida os alunos foram questionados acerca do que ouviram nesta música, fazendo anotações variadas.

Num segundo momento (apreciação direcionada), foi solicitado que as crianças respondessem perguntas, como: Quais são as partes desta peça?

O estuda infere, através da classificação dos resultado das observações tendo por base Teoria da Aspiral de Swanwick, que, quando ocorreu interferência do professor, os alunos revelaram uma compreensão musical significativamente mais refinada em relação ao trabalho independente. Daí a importância de investigar processos pedagógico-musicais, criando estratégias de ensino sintonizadas com o desenvolvimento das crianças.



Nesta ocasião também nos foram apresentado pela professora Denise dois vídeos. O primeiro demonstra uma atividade de seus alunos utilizando os sinos musicais e o segundo a interpretação na música "Noite nos castelo". Foi possível perceber que a criança deste período do desenvolvimento tem prezae em executar atividades musicais, desde que estas seja desafiadoras, dinâmicas e criativas.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Revisitando a aula de 23/09/11!

Na aula de 23/09/11 discutiu-se sobre os seguintes textos:

• PCN nas Escola – Maura Pena
• Variações sobre um passeio no parque – Viviane Beineke e Andreia Veber
• Sozinha eu não danço, não canto e não toco – Cecília França

Também assistimos banca de um trabalho do curso de Pós Graduação em Musica, Ensino e Expressão – II Turma:
• Vivências musicais significativas: um estudo voltado para as aulas de música do 5° ano do ensino fundamental (Aline Buhler)

PCN nas Escolas: E agora?

Maura Penna


O texto em questão faz uma análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs, especificamente a complexidade da proposta da ARTE, que é apresentada através da proposição de quatro discursos artísticos: Artes Visuais, Música, Teatro e Dança. Estes discursos estariam articulados dentro do processo ensino aprendizagem, através de três grandes ações: produzir, apreciar e contextualizar.
Entretanto a grande questão que permeia a instituição dos PNCs é a abismal distância que existe entre o que é proposto nestes documentos e a realidade das escolas brasileiras. Especificamente a questão da ARTE, permanece a dúvida de como os três discursos serão contemplados nas escolas, sendo que o próprio documento sugere sua aplicação conforme critérios da escola e dos professores, o que pode acarretar uma grande fragilidade na aprendizagem do aluno quando em transferência, por exemplo.
Da mesma forma, inquietante também é o questionamento de qual profissional, com qual habilitação colocará em prática os PCNs-ARTE, tendo em vista que a legislação não está previsto esse detalhamento.
Assim, é possível a ocorrência de três situações: a) será exigida do professor uma polivalência em ambas as áreas da arte, sendo inclusive as provas de concurso organizadas com este fim; b) os discursos musicais serão desenvolvidos apenas mediante a qualificação do recurso humano disponível ou conveniente; c)o planejamento da ARTE nos currículos ficará no papel, sem a possibilidade de colocar em prática.
Todas estas alternativas são muito ruins e colocam por terra muito tempo de esforço dos educadores em todo o país.
O que garante, então ao aluno, a experiência da ARTE em sua totalidade?
A organização pedagógica da Escola, a atuação participativa e comprometida dos segmentos da comunidade escolar ao definir qual o caminho da arte na sua escola.




Variações sobre um passeio no parque
(Viviane Beineke e Andreia Veber)



O texto estudado apresenta trabalhado desenvolvido com base em Swanwick, com o objetivo de contemplar contextos educativos encontrados na educação musical escolar, envolvendo execução , composição, improvisacão e apreciação musical.

Busca também, integrar elementos musicais mais convencionais com ruídos, vozes. Podemos conceituar como composição aberta.

A lógica da ação inicia por imaginar que está num parque de diversões, ligar a caixinha de música, e, conforme o regente conta a história, dividir a turma em grupos para representar sonoramente cada brinquedo do parque, o burburinho das pessoas, entre outros sons do ambiente.

Este jogo musical não prioriza exatidão, precisão, rigor e regularidade da execução, nem se consideram alturas e tempos absolutos, mas sim graduações e freqüências.

Faz um questionamento acerca de como avaliar a produção musical dos alunos, e sinaliza para que esta deva ocorrer através da participação coletiva, engajamento mútuo, compromisso e respeito no grupo.


Sozinha eu não danço, não canto e não toco
Cecília França
Sozinha eu não danco certo
Atividade de Educação Musical: Quem já foi ao circo?

ENVOLVE:
• Prazer, ludicidade, imaginação, fantasia, vínculo com o cotidiano, movimento e expressão corporal;
• Improvisação instrumental e vocal, variações de textura, exploração de
contrastes expressivos, articulação da forma musical;

Considerações da autora:

• Aula de música não é aula de sons!
• Os programas de ensino privilegiam os parâmetros de altura e duração, em detrimento dos demais;
• O que deve ser levado em conta não é quantas notas e ritmos os alunos sabem, mas o que fazem com eles e o que compreendem deles…
• Trabalhar com os parâmetros não significa trabalhar música em seu sentido pleno;
• Nenhum parâmetro musical ocorre isolado, por isso, os conteúdos das aulas de música precisam ser interligados!
• É preciso romper com a concepção de ensino de música como treinamento de padrões e elementos isolados!

SOBRE A COMPOSIÇÃO:
• Enquanto compõe, o indivíduo desenvolve o pensamento abstrato, cria mundos imaginários, estrutura sons conforme sua intenção expressiva e decisões criativas...Ao ouvir música, sintoniza-se com as combinações sonoras;
• Quando realiza uma performance instrumental ou vocal, coloca em ação inúmeras habilidades sensoriais, físicas e intelectuais.

ATIVIDADE MUSICAL: O PALHAÇO E A BAILARINA
• A música permite trabalhar a forma musical, especialmente os contrastes;
• Os personagens são estereotipados pelo imaginaário infantil: a parte do palhaço é alegre, divertida, animada, a parte da bailarina é delicada, doce, dengosa e tímida;
• A experiência musical ocorre no tempo e é construída na memória!

SOBRE A MATRIZ CURRICULAR:
• Explicita conhecimentos e procedimento fundamentais da disciplina;
• Concentra-se em competências básicas e operacionais;
• É expressa através de frases objetivas, vinculadas a elementos pontuais do conteúdo;
• Indica caminhos e direções;
• Conhecer os rios da Bacia Hidrográfica Amazônica não permite sentir o cheiro, aspirar o odor, ver o colorido da floresta. A matriz curricular é como um mapa que indica caminhos...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Revisitando a aula do dia 16/09/11!





Na aula de 16/09/11 discutiu-se sobre os seguintes textos:

• Notação musical não tradicional: possibilidades de criação e expressão musical na educação infantil. (Wasti Sivério Ciszevski)
• PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais – Artes/Música

Também assistimos bancas de dois trabalhos do curso de Pós Graduação em Música, Ensino e Expressão – II Turma:

• O desenvolvimento de competências musicais a partir de práticas corporais e criativas no fazer musical em grupo. (Thiago Di Luca)
• A construção do conhecimento musical através de jogos. (Michele Andreoli Batista)



Em relação aos textos:

Notação musical não tradicional: possibilidades de criação e expressão musical na educação infantil.
(Wasti Sivério Ciszevski)

A música está presente no cotidiano da sala de aula da educação infantil, onde já está consolidado um repertório usual da escola. A questão a ser refletida é a seguinte: Qual é seu objetivo?!?

A forma como muitas vezes a música vem sido trabalhada, não se detem na reflexão sobre a importância da musicalização para o desenvolvimento infantil ou formação integral do indivíduo, pois tem sido usada para organização do cotidiano ou como recurso para aprendizagem de outros conteúdos.

O ensino da própria música não tem sido privilegiado, mas usada como disfarce para a ordem, caracterizando-se por uma prática infantilizada.

O objetivo do trabalho com notação musical não tradicional é estimular percepção, raciocínio lógico, significação do símbolo na criança e a criação de material didático simples que estimule o educador.

Podemos conceiturar notação musical como o registro gráfico dos sons, e neste contexto, a notação não tradicional é um recurso imprescindível, pois a partitura contemporânea se aproxima da representação gráfica da criança, podendo ser usadas cores e formas variadas do seu cotidiano. Cada criança deve criar e expressar de acordo com sua relação pessoal com o som. É considerada uma concepção estética aberta, com base nos educadores musicais da segunda geração dos Métodos Ativos.

As crianças captam naturalmente os sons musicais. Frances Aronoff (1974:7) defende que: A educação musical na infância tem o papel de desenvolver a criatividade, a expressão, o senso estético e crítico dos alunos, deve conservar e desenvolver as respostas naturais da criança através de valores estéticos, e deve ser espaço de múltiplas oportunidades para apreciar e aprender livremente.

Comentário:
Ainda que as práticas elencadas acima estejam muito presentes nas escolas de educação infantil, o rompimento com as mesmas precisa ser gradual e com sentido para os educadores. As músicas de comando tem sido as únicas alternativas de musicialização, então a crítica em relação a elas precisa ser acompanhada de apontamentos sólidos de variação da prática.
O que o professor de educação infantil já faz em relação à musicalização de seus alunos não pode desconsiderado, sob pena de diminuir ou até suprimir os momentos musicais… Mas podemos sugerir uma nova música para a hora do lanche, por exemplo, porque criar novas músicas ajuda a mudar o repertório.
É salutar, porém, que se reforce a importância de fazer atividades estritamente musicais.


PCN - Arte - Música

domingo, 23 de outubro de 2011

Revisitando a aula do dia 09/09/11!



Yago dando um show!!!!



Na aula de 09/09/11 discutimos sobre o desenvolvimento musical da criança dos 3 aos 6 anos.


Foi realizada atividade com a Música – Um barquinho ligeiro





1. Elementos desenvolvidos: ritmo, intensidade, dinâmica, andamento, exploração do movimento corporal, socialização, variação na forma de fazer
2. Idéia – barulho de chuva, mar, água para depois trabalhar a musica marinheiro só, fazer barquinho de papel.

Nesta data discutimos os seguintes textos:
• A dimensão lúdica da música – Leda Maffioletti
• A barca virou: o jogo musical das crianças – Teka Alencar de Britto
• Vivência Musical no contexto escolar – Ailen Rose Balog de Lima, Ellen de Albuquerque Borges Stencel

Por volta dos 4 ou 5 anos, a representação do real pelo som é fortemente ligada à vivência afetiva, passando a criança a utilizar o som de forma expressiva.

Quando as crianças de 5 anos, em um jogo dramático, realizam a música do mar calmo ou da tempestade, fazem a mímica corporal do estado do mar ao mesmo tempo que o representam pelo som. É a vivência corporal e afetiva que está presente.
CONSTRUÇÃO
Surge a preocupação de organizar a música, de lhe dar uma forma. Isso ocorre por volta dos 6 - 7 anos, quando o respeito à regra domina no jogo da criança.
As brincadeiras cantadas infantis são talvez umas das primeiras manifestações do jogo musical com regras.
Segundo Swanwick:
Entre os 2 e 3 anos, a criança encontra-se no Modo Sensorial. Atração pelos timbres, contrastes de intensidade e manipulação de objetos sonoros. Desorganização do tempo e tonalidade. Exploração irregular do som.

Aos 4 anos, inicia-se o Modo Manipulativo: interesse por técnicas instrumentais. Organização do tempo/compasso regular. Preferência por recursos conhecidos.
Aos 5 anos, percebe-ce claramente a Imitação. Progressão desde a expressão individual ao social. Imitação expressiva e aquisição do código musical da própria cultura (acomodação).

Aos 6 anos, a criança é caracterizada pelo Modo Pessoal, que evidencia a expressividade anárquica, as mudanças de tempo e altura. Uso de frase elementares sem repetição imposta (ligeiro controle estrutural).

Modo vernáculo - inicia aos 5 anos mas se manifestará aos 7 ou 8. Experiência de padrões melódicos ou rítmicos e manejo das estruturas aprendidas anteriormente.


A dimensão lúdica da música na infância
Leda Maffioletti
A dimensão lúdica da música na infância
ALGUMAS REFLEXÕES:
- Outros seres vivos também brincam
- Outros seres vivos também cantam
- Temos um potencial biológico que torna possível aprender música
- Espécie que vive em grupo
- Música tem significado social desde a infância

Ritmo e atividade lúdica:
•Universo que nos cerca é pleno de ritmos
•As atividades rítmicas tem caráter agregador
•Ordem, medida, movimento, e modo individual de executá-los

VERSOS E RIMAS
•Possibilitam o convívio social e troca afetiva
•Facilitam estratégias fonológicas utilizadas no processo de ler
•Propiciam a alfabetização universal –não apenas decodificar sinais
•Facilitam a compreensão da língua materna – o que cada expressão significa
•Existe uma “ cultura infantil “ e precisa ser promovida
•Intensifica a relação de pais e filhos
•São portadores de significados afetivos e culturais

MÚSICA NA VIDA DAS CRIANÇAS
•Reforça o jogo simbólico, tão presente no desenvolvimento da criança
•Música como brincadeira – cria imagens, representações, valores e significados

A FORMA COMO O ADULTO OFERECE A MÚSICA PARA A CRIANÇA TRADUZ O SEU ENTENDIMENTO ACERCA DO UNIVERSO INFANTIL, COMO CONSIDERA SEUS DESEJOS E EXPERIÊNCIAS!
Para relacionar-se com os adultos a criança precisa dominar seus símbolos, representações, imagens e significados sociais!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
•A música é importante na escola porque é importante para a criança!
•A música é tão necessária à comunicação quanto a palavra
•A dimensão lúdica da música cria e sustenta o prazer de aprender.

A barca virou: o jogo musical das crianças
Teca Alencar de Brito

O texto em questão apresenta a música A barca virou como norte para atividades que envolvem improvisação, criação, construção de instrumentos e registro gráfico, que possibilitam o desenvolvimento musical de crianças entre 3 e 6 anos.
A criança é extremamente suscetível ao mundo sonoro que a circunda, e considerando que cada ser humano possuiu uma única trajetória no desenvolvimento musical, é preciso unificar experiências de escuta e de gestos produtores de som.
O fazer sonoro infantil integra cantar, cantar, movimentar-se, desenhar, registrar sons, improvisar...
Entre os 3 e 6 anos de idade as habilidades motoras finas se aperfeiçoam, a linguagem se aprimora, a sociabilidade se aprimora, inicia a leitura e a escrita. Então, o jogo musical infantil precisa ser possibilitado essa criança, para que possa desenvolver-se ainda mais.

sábado, 22 de outubro de 2011

Revisitando a aula do dia 02/09/11!



Annya lendo para Yago - o bebê interage com o mundo que o cerca, produzindo assim seu conhecimento!



Yago musical...

Revisitando a aula do dia 02/09/11

Em 02/09/11, nosso estudo deteve-se nas características de aprendizagem musical da criança entre 0 e 3 anos.

A CRIANÇA E A MÚSICA

Debatemos em sala de aula sobre as relações existentes entre a criança e a música, partindo do princípio que o envolvimento das crianças com o universo sonoro inicia antes do nascimento, pois é sabido que interagem permanentemente com o ambiente sonoro que os envolve.
O processo de musicalização dos bebês e crianças começa espontaneamente, de forma intuitiva, por meio do contato com toda a variedade de sons do cotidiano, incluindo aí a presença da música.

Segundo François Delalande, o desenvolvimento da produção sonora da criança pode ser comparado aos estágios de atividades lúdicas, segundo Piaget.

Período sensório-motor

• EXPLORAÇÃO
Jogo Sensório-motor (0 à 2 anos)
O jogo é a forma mais primitiva forma que aparece no período sensório­motor, ocorrendo pelo prazer de repetir as atividades. (exploração de objetos que produzem ruídos)

Período Pré­-operacional

• EXPRESSÃO
Jogo simbólico (a partir dos 2 anos)
O jogo simbólico aparece por volta dos 2 anos e marca o início da representação.

• CONSTRUÇÃO
Jogo com regras (a partir dos 4 - 5 anos)
Os jogos com regras já implicam um processo de socialização da criança. Compreender as regras implica uma complexidade maior do pensamento.


Nesta oportunidade foi feito debate em relação aos textos:
1. A música e o desenvolvimento da mente no início da vida: investigação, fatos e mitos. (Beatriz Ilari)
2. Cante bebê, que eu estou ouvindo...: Do surgimento do balbucio musical. (Esther Beyer)
3. Pensar, cantar, ouvir: reflexões sobre a musicalidade em crianças pequenas. (Esther Beyer)
4. A música no desenvolvimento infantile: concepções e desafios. (esther Beyer)
5. A importância da interação no desenvolvimento musical: um estudo com bebês de 0 a 24 meses. (Esther Beyer)


A música e o desenvolvimento da mente no início da vida: investigação, fatos e mitos
Beatriz Ilari – UFPR

O texto discorre sobre quatro questões que envolvem a aprendizagem da música: a inteligência, a linguagem, a matemática e a leitura, considerando que o cérebro humano é mais maleável para a aprendizagem nos primeiros anos de vida, assim como o desenvolvimento auditivo, e as preferências e memórias musicais.
Incluir a musicalização no universo infantil auxilia no desenvolvimento auditivo, motor, cognitivo, social, e ainda fortalece as relações afetivas familiares.
Porém, muito mitos envolvem a questão da aprendizagem musical, referindo à vivência musical um ganho de inteligência ou facilidade para o aprendizado da matemática, o que ainda não está comprovado na comunidade científica, apesar das inúmeras experiências realizadas (Rauscher, Shaw & Ky: 1993 – 1995; Costa-Giomi: 1999, Schellenberg: 2004).
Em relação à linguagem, é sabido que há uma relação muito estreita entre o desenvolvimento da fala e da leitura, e a musicalização é percebida até mesmo na forma com que os adultos falam com as crianças, que para alguns estudiosos, entende mais o tom melódico e afável da voz do que a palavra propriamente dita. Porém também não existem garantias de transferência cognitiva de uma área para outra.
O que é possível defender é que a música deve ser estudada e utilizada como um fim em si mesma, e não como meio de desenvolvimento de outras áreas ou contextos. Ela possui um valor em si que transcende as questões acima abordadas e envolve a comunicação e a expressão, a transmissão e reconhecimento da cultura, a importância de desenvolver o aprendizado da audição, canto, representação, reprodução, criação, composição, improvisação, movimento, dança, execução instrumental, entre outras.



CANTE, BEBÊ, QUE EU ESTOU OUVINDO...: DO SURGIMENTO DO BALBUCIO MUSICAL
Esther Beyer

O texto reflete sobre o processo de desenvolvimento musical do bebê, que deve ser entendido como um ser único e complexo e não fragmentado sob análises neurológicas, psicológicas, fonoaudiológicas, entre outras tantas, um ser capaz de produzir diferentes sonoridades, e seria capaz de até ter preferênicas musicais!
Ao interagir com o ambiente sonoro, o bebê passa a assimilá-lo, sendo a audição o primeiro passo da aquisição da estrutura, que somente será criada após a açào do bebê sobre o objeto sonoro.
Ao nascer, o bebê realiza trocas sonoras com o mundo de forma sensorial e motora. Essas experiências poderão tornar-se posteriormente esquemas abstratos e conceitos formais. O entendimento se dá a partir da vocalização (que possuem intensidade, altura, contorno melódico, ritmo, timbre e andamento difenciados da fala), e não propriamente da palavra que é dita, e são uma forma de educação musical.
O bebê não difencia os sons do mundo verbam dos sons do mundo musical, como faz o adulto.
Se o primeiro som que o bebê produz é o choro, e este indica ao mundo que ele está em sinal de alerta: fome, dor, sono, gradativamente irá produzir outros sons, passando a interagir sonoramente também quando está em situação de bem estar, e em seguida, produzindo desenhos melódicos ascendentes-descendentes, ascendesntes e complexos(com vários contornos). Já entre os 8-9 meses já procuram acompanhar com alguma aproximação o contorno melódico de várias músicas.
A reflexão que se apresenta é que é preciso envolver aspectos variados na musicalizacão de bebês, envolvendo tanto possibilidades auditivas quanto motoras, e utilizando variação de repertório.



A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO MUSICAL: UM ESTUDO COM BEBÊS DE 0 A 24 MESES

Através das experiências realizadas com bebês de 0 a 24 meses, no Programa de Extensão da UFRGS Música para Bebês, a autora apresenta a importância da interação dos cuidadores com o envolvimento da criança nas atividades musicais.
O bebê interage com o mundo que o cerca, e nesta interação vai formando sua conexões neurais, aprendizagens, experiências, que são influenciadas pelo ambiente: tipo de cuidado, estimulação; sendo que o cuidado inicial é decisivo em como cada indivíduo vai aprender ao longo de sua vida.
Neste contexto, também na música é preciso proporcionar momentos de interação, de carinho, de troca, pois ela é de extrema importância na construção do cérebro, que é estimulado em outras áreas pouco trabalhadas, como a sensibilidade estética, a criatividade e a imaginação. Alem disso, a educação musical, segundo Bastian (2003), modifica a inteligência, o comportamento social e o desempenho escolar, além de contribuir no desenvolvimento psicológico, fisiológico, cultural, auditivo-educativo, estéticos.
O bebê é extremamente suscetível ao mundo que o cerca, podendo “perceber” e manifestar, por exemplo, situações de depressão da mãe. Daí a importância do trabalho com música, que pode ser positivo tanto para o bebê quanto para o seu cuidador.
Segundo Maffioletti:
(...) As experiências com música, desde as mais elementares, são importantes em dois sentidos: porque promovem o conhecimento musical no sentido da aprendizagem restrita ou strictu sensu; e são importantes porque são experiências necessárias à formação de esquemas e estruturas de pensamento, que funcionam como condições prévias para as novas aprendizagens de sentido amplo, ou lato sensu.
O estudo em questão observou que, quanto mais cedo o cuidador deixava de interagir, ou ausenta-se da experiência musical com a criança, menor parecia sua iniciativa em relação à música em idade superior. Porém a dinâmica do trabalho grupal pode compensar a ausência da interação do cuidador, através da motivação de outros bebês, outras mães e da professora.



PENSAR, CANTAR, TOCAR E OUVIR: REFLEXÕES SOBRE A MUSICALIDADE EM CRIANÇAS PEQUENAS

O texto em questão propõe uma reflexão sobre as práticas de musicalidades em crianças pequenas, abordando questões a serem consideradas quando ao se propor atividades musicais para estas crianças.
Inicialmente, é preciso considerar o que pode considerar uma criança musical ou não. Uma variedade de imagens colhidas na rede mundial de computadores pode mostrar crianças extremamente talentosas tanto na execução vocal, quanto instrumental, mas estes casos são exceções.
Gembris (1998) realizou uma grande pesquisa, onde pode-se apontar quatro aeras da musicalidade, quais sejam: Capacidade de experiência – ouvir, ter prazer e sentido com a música; Capacidade musicais práticas – cantar, tocar, ter ritmo, reconhecer, criar e expressar música; Habilidades musicais cognitivas – ter conhecimento musical – músicas e notas; Capacidades Gerais – saber tocar, dançar.
Ao educador musical cabe ir em direção à construção da musicalidade que cada criança possui, considerando todas as possibilidades musicais que ela vivencia.






A Música no desenvolvimento infantil : concepções e desafios
(Esther Beyer)

O texto estudado relata algumas experiências em atividades de musicalização em crianças, através da análise de cenas de bebês e crianças em situação de aula de musica, individual e com outro bebê.
As cenas observadas mostram situações diversas onde ocorrem comportamentos diversos de pais, cuidadores e crianças.
As observações levaram as estudiosas a compreender que algumas crianças levam mais tempo para participar das atividades com musicalização e ações musicais, e que as mães podem interferir positivamente ou negativamente neste processo. A forma como o adulto cuidado entende o universo infantil e interage com o mesmo determina sua interação com a criança. Assim, ocorrem algumas suposições: a) eu sei que o bebê não sabe; b) O bebê sabe o que faz; c) Meu bebê pode aprender.
Em que pese a expectativa que os pais, e também a família tem em relação à aula de música, a forma como estes intervem na aprendizagem musical é extremamente significativa. Cada criança tem uma evolução musical diferenciada, que precisa ser compreendida por pais e professores.
A este último, cabe, especialmente, refletir sua epistemologia para que, ao compreender cada avanço da criança, possa instigar ainda mais o seu desejo de aprender.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Revisitando a aula do dia 26/08/11



A musicalização deve envolver essencialmente os aspectos apresentados em todas as instâncias, seja de educação pública ou privada regular ou em espaços alternativos de aprendizagem musical, ainda que pareça uma utopia a universalização destes conteúdos.
Muitos educadores musicais são extremamente competentes na execução musical, mas carecem de metodologia adequada para despertar no aluno a vontade pela música, sendo o principal motivo a prioridade dada à execução, em detrimento à apreciação, improvisação e composição.
Um olhar conservador e unilateral sobre o quê é a música, vai desencadear o procedimento de “como se ensina música” e esse, além da universalização do acesso à musicalização, parece ser o grande desafio que se apresenta.
Em contrapartida, temos os educadores musicais providos de uma epistemologia criativa e dinâmica, mas que carecem da devida especialização e habilitação musical. Em ambos os casos, a formação continuada pode ser o caminho para a inclusão de fato, da música na educação básica.

Concepções epistemológicas
Tendo cursado o Magistério Normal, a graduação me Pedagogia e a especialização em Supervisão Escolar, por diversas vezes sou chamada a “revisistar” os modelos epistemológicos, para inclusive, contrapor sistematicamente com o cotidiano.
Da mesma forma, na disciplina TEORIAS DA PRENDIZAGEM, com a professora PATRÍCIA KEBACH, retomamos estas concepções.

Não basta conhecê-las! O mais árduo e instigador é buscar atuar em aula dentro da pedagogia relacional, pois o professor entende que aluno somente aprenderá se agir e problematizar a sua ação, vivenciando o processo de assimilação e acomodação do conhecimento, o que Piaget explica como reflexionamento e reflexão. A aprendizagem é compreendida como um processo de construção – o construtivismo. A esta epistemologia também chamamos de RELACIONAL, onde não é subestimado o conhecimento que o aluno traz, tampouco é minimizada a influência do meio em sua aprendizagem. O professor, alem de ensinar, passa a aprender. E o aluno, alem de aprender, passa a ensinar.” (Paulo Freire)
Agir de acordo com a pedagogia relacional pressupõe antes de mais nada, um sentimento de fraternidade em relação ao outro e o que ele sabe, conhece, traz...Geralmente somos compelidos a defender as nossas preferências... por issso, agir dessa forma é sempre um grande desafio para o educador.